terça-feira, 22 de março de 2011

PRÉTERITO IMPERFEITO

   Irei discorrer sobre o verbo amar, mas o conjugarei no passado, mostrando sua flexão do modo mais doído e dramático.
   Geralmente quando se fala em amor, muitos trazem à cabeça imagens lindas e finais felizes, mas nem toda às vezes se vive feliz para sempre e vez ou outra a princesa descobre que o ‘’príncipe’’ nunca deixou de ser sapo.
   Tudo começa com sorrisos e poesias, no entanto, pode acabar com dores, lágrimas e angústia e se não termina assim, não houve amor, pois chegar ao fim de um relacionamento é sempre doloroso.
São tantas juras ao vento, tantas promessas quebradas, planos e sonhos não realizados e tudo isso somado às lembranças de gestos de carinho e amor trazem, nem que seja bem lá no fundo, certa nostalgia. Cito os momentos de afeto só ‘’para não dizer que não falei das flores’’ mas, o foco será a dor.
   Eu amei! – Talvez você nunca tenha parado para pensar quanta história existe dentro dessa simples frase e como a conjugação do verbo torna mais intrigante e excitante todo o ‘’conto’’.
O verbo como se apresenta, nem deveria ser classificado como pretérito PERFEITO, se é que me entendem. Pretérito IMPERFEITO ficaria bem mais adequado.
Para se chegar até a frase citada têm-se algumas etapas: A princípio acontece o encontro, após algum tempo, ambos decidem buscar a felicidade ao lado da outra pessoa. É como apostar em um jogo de azar, nunca se sabe o resultado dessa escolha, no entanto, algo bem forte os motivam a entregar-se, mas em algum instante o conto de fadas começa a virar filme de terror e tão logo se tem o fim. Alguém sempre sairá com o coração em pedaços!
   Nem mesmo as 50 receitas de Leoni curam a dor de ser deixado (a), não se encontra refugio em lugar nenhum, contudo ‘’triste é não chorar... Sim, eu também chorei ‘’. Tentar relembrar os passos para ver onde errou, só aumenta mais a dor.  Porém, se querem uma dica de quem já sangrou, aí vai: O remédio para esse pesar está nos ponteiros em movimento do relógio, são eles que trazem o esquecimento.
Em nenhum momento disse que seria fácil. Sinto dizer-lhes, mas a cura fica à mercê do tempo!
Se tivesse a oportunidade de aconselhar os que vivem essa angústia, lhes diria para não derramar uma só lágrima e sim para sorrir, pois o rompimento é só o fim de mais um dos muitos ciclos que o ser humano vive.
   Ah! Tolo é aquele que usa demasiadamente os canais lacrimais, mal sabem quanta felicidade está por vir. Com um fim, vem sempre um novo começo.
É uma pena que os homens encarem com tanta melancolia um amor que não deu certo, mal sabem eles que nem todo ponto é final.
‘’O fim é belo e incerto... Depende de como você ver’’
   Posso ter sido um pouco ríspida ou alguém que esteja lendo me denomine como mal amada, contudo, a este só tenho a dizer que realmente fui muito mal amada. Fui, entendeu? Mas a minha decepção fica para outro dia. Só digo que sofri, todavia hoje me encontro em um momento de realização.
É sempre assim que vou levando: caindo, mas sempre levantando.  ;)

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